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Psicósmica

22 de julho de 2012

Medos

São elementos psíquicos que se apresentam à consciência pela falta de segurança e equilíbrio interno. Surgem sempre quando algo está ameaçado de sucumbir. A psiquê interpreta como se houvesse uma descompensação que lhe tira o equilíbrio. Decorre da pressão do consciente sobre a consciência, devido aos conteúdos ativados a partir de eventos internos e externos que se conectam aos complexos.

Os medos são típicos do ser humano que ainda se encontra no processo de iluminação interior. Eles são muitos e suas causas diversas. Foram, em sua maioria, estruturados desde o período em que éramos seres primitivos e habitávamos as cavernas. São componentes da personalidade e, paradoxalmente, nos preparam para enfrentar o que nos atemoriza.

O medo da morte do corpo, parece ser o que mais apavora o ser humano, tal sua identificação com ele. O ego se projeta no corpo físico e acredita tê-lo como sua representação fiel, visto que, quando vem o sono, isto é, quando o corpo dorme, ele perde sua autonomia. O medo da morte é o medo do ego de desaparecer. Por esse motivo o indivíduo, movido pelos desejos egóicos, apega-se ao corpo como se ali estivesse sua própria essência. O processo de iluminação interior possibilita uma reducação nesse medo, por transferir o referencial do ego para o Self, que não mais se projeta no corpo físico.

O ego, influenciado pelo medo de desaparecer, presente no seu dia-a-dia, contamina suas relações com o inconsciente, trazendo à consciência as lembranças de experiências traumáticas e difíceis vividas ao longo das vidas anteriores, ampliando o leque de receios na vida. O processo é sutil, tornando-se difícil separar os medos da atual existência daqueles oriundos do passado reencarnatório.

Eliminar medos requer reflexão e determinação, visto que o mundo social, com seus referenciais egóicos, ampliam sobremaneira nossa dificuldade em lidar com eles. O medo é decorrente do desconhecimento a respeito do objeto que nos causa pavor.

Diante do medo, devemos fortalecer nossas convicções espirituais para que não nos deixemos sucumbir às fantasias de extinção oriundas do ego. Somos espíritos imortais, eternos e fadados à perfeição; internalizar isso é suficiente para enfrentarmos qualquer tipo de medo.

Quando nos encontramos sob o domínio do medo de que algo nos aconteça, mesmo diante da ameaça real da ocorrência de um fato desagradável que possa se avizinhar, é preciso termos em mente o seguinte:

  1. Nada me acontecerá que não seja útil para o meu processo evolutivo;
  2. Acredito nas possibilidades favoráveis quando enfrento situações adversas;
  3. Enfrentando, de forma progressiva o objeto causador do medo;
  4. O medo que sinto não vem do objeto, mas de meu mundo interior;
  5. Devo ter consciência das influências espirituais favoráveis ao meu sucesso, como também não devo fixar-me nas desfavoráveis;
  6. Preciso fortalecer e estruturar melhor meu ego para começar a ultrapassar o medo;
Diante do medo, de qualquer natureza, é preciso calma e segurança a fim de manter a mente em quilíbrio para poder enfrentá-lo. Caso meu medo venha de outras vidas, não permitirei que ele continue na próxima. Envidarei todos os esforços possíveis para solucioná-lo desde já.

Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia


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