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Psicósmica

12 de julho de 2012

Filhos

São responsabilidades inerentes ao processo evolutivo do viver em família. A forma como lidamos com eles pode se tornar um problema para nós, pois é uma arte a convivência com espíritos recém-vindos com seus conflitos e provas a vencer.

Muitas vezes os filhos se constituem em problemas para seus pais, seja pelo mau comportamento deles ou pela falta de atitudes perante a Vida, exigindo ação e discernimento quanto à melhor maneira de educá-los.

Mesmo que os pais não saibam o que fazer em face dos problemas dos filhos e com eles, é fundamental que não deixem a afetividade de lado, pois ela consegue suprir as deficiências porventura existentes na educação deles.

A culpa que normalmente os pais sentem diante da dificuldade em resolver os conflitos que os filhos enfrentam, bem como a deficiência na comunicação com eles, deve ser motivo para que cada um faça uma auto-análise. Devem os pais transformar a energia da culpa em motivação para um processo de autotransformação. Quando os pais não se sentem em condições de resolver os conflitos dos filhos e os decorrentes da relação com eles, devem buscar ajuda especializada.

Os filhos devem ser vistos em seus processos, considerando que passam por problemas diferentes dos adultos, de acordo com as idades. Não se deve exigir da criança comportamentos típicos de adultos. Basta que os pais se lembrem dos conflitos e da mentalidade que tinham na idade que os filhos têm hoje. Perceberão que é necessário penetrar no mundo deles sem lhes exigir comportamentos padronizados. Os filhos devem ser enxergados como espíritos, pessoas que são, e que carecem de ser entendidos.

Na adolescência, os conflitos parecem ser maiores, pois as mudanças físicas e sociais exigem respostas imediatas e constantes. Na fase adolescencial a presença dos pais deve ser maior do que nas fases anteriores. É importante que a crítica não seja utilizada como instrumento de diálogo, pois a suscetibilidade do jovem é muito maior que a dos adultos.

Muitas vezes os pais exigem respostas dos filhos de acordo com suas expectativas e anseios não satisfeitos durante suas vidas. Os filhos não devem ser obrigados a atender os anseios paternos, porém é responsabilidade deles, dos pais, o encaminhamento para a Vida. Os pais devem conhecer e respeitar as habilidades de seus filhos e orientá-los à utilização adequada na vida.

Quando os filhos se mostram arredios e, até mesmo, quando adquirem vícios, devem os pais se colocar ao lado deles para ajudá-los na recuperação. O diálogo, o carinho e a sinceridade amorosa, são fundamentais para a recuperação deles.

O espírito traz características na personalidade cuja profundidade não podemos ajuizar, constituindo-se um dever dos pais tentar fazer com que ele descubra suas marcas do passado, a fim de permitir-lhe o crescimento espiritual na nova jornada no corpo físico.

Somos espíritos tanto quanto nossos filhos e, por esse motivo, devemos nos tratar como irmãos, considerando que, noutra oportunidade, certamente estaremos novamente na condição de filhos, exigindo atenção, afeto e respeito.

Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia


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