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Psicósmica

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30 de agosto de 2012

Conscientização

Quando não visualizamos os nossos erros, não admitimos que somos nós que produzimos as nossas dores. Quando não percebemos que nossos inimigos residem em ossa casa mental, apontamos os outros como a causa de nossos dissabores; quando não permitimos mudança no mundo interior, exigimos mudança no mundo exterior.

Quem se conscientiza do processo das leis divinas entende a dor, e encontra seu valor de contribuição para o engrandecimento da própria existência. Todas as experiências para o engrandecimento da própria existência. Todas as experiências (positivas ou negativas) nos ensinam algo; basta estarmos dispostos a aprender. Nossas escolhas podem nos livrar, ou não, do cárcere da escravidão emocional.

A mensagem da Inteligência Universal é sempre aquela que incentiva a conscientização de nossas potencialidades e dons naturais. Quando despertamos espiritualmente, passamos a entender a dor por outro prisma. 

A vida é um processo evolutivo no qual todos somos criaturas caminhantes.

Precisamos ainda percorrer um longo trajeto para atingir o desenvolvimento total de nossas aptidões inatas. A Consciência Divina apenas espera nosso despertar, ou seja, que saiamos do sono da inconsciência de nós mesmos.

O ser consciente é uma criatura renovada pela experiência interior. Vive na iluminação íntima como uma pessoa comum no seio da coletividade. Seu eixo de sustentação não se encontra fora, mas dentro de si. Dispensou a segurança das expectativas e das idealizações do "eu inferior" porque tem a convicção e a estabilidade sublime do "Eu Superior".

Não obstante a nossa origem sagrada, muitos entraves nos prendem à idéia de separação da Unidade Cósmica, contrariando o que o Mestre nos ensinou ao afirmar que "nesse dia compreendereis que estou em meu Pai e vós em mim e eu em vós".
Ele se identificou com a Paternidade Celestial, à "imagem e semelhança" da Divindade que o criou.

Referência: Um Modo de Entender: Uma Nova Forma de Viver, de Francisco do Espírito Santo Neto (espírito Hammed)



27 de agosto de 2012

Amadurecimento

Quem julga as pessoas e o mundo como responsáveis pela sua infelicidade é infantil e inexperiente. Quem assume seus erros e se responsabiliza por tudo o que está vivendo interior e exteriormente, traz consigo a maturidade da criatura sábia e sensata, que aprendeu a enxergar a vida com os olhos do discernimento.

A Espiritualidade não nos aprecia ou julga com o "cetro da perfeição"; ao contrário, leva em conta as limitações de nossa condição evolutiva. Ela procura sempre estabelecer o equilíbrio da justiça, pedindo a quem muito sabe e pouco exigindo daquele que quase nada conhece.

São denominadas "cuidadores" ou "salvacionistas" os indivíduos que dispensam exagerada atenção e excessivo cuidado à vida das pessoas. Inconscientemente, se sentem responsáveis por problemas, escolhas, atos, sentimentos, bem-estar e destino de outrem. Esse comportamento, desprovido de maturidade psicológica, manifesta desrespeito à individualidade e invasão dos limites alheios.

Essa "mentalidade salvacionista" pode ter origem na atitude de superproteção cultivada pelos pais na educação dos filhos. Os adultos alegam que as crianças são ainda incapazes e indefesas e, assim, impedem-lhes o exercício diário do desenvolvimento de seu potencial - conjunto de qualidades de todo ser humano ou sua capacidade de realização. Por exemplo, amamentam-nas ou dão-lhes de comer numa fase onde elas, por si sós, são capazes de fazer sozinhas; com isso retardam seu amadurecimento, conservando-as dependentes e inseguras emocionalmente.

Por analogia, podemos comparar o ato da alimentação "física" com o ato da alimentação "emocional/espiritual". Quem tenta, obsessivamente, cuidar dos outros e controlá-los, sob a alegação de "amor ou caridade", na realidade está apenas dificultando e retardando o despertar das habilidades inatas deles.

"Irmãos, quanto ao modo de julgardes, não sejais como crianças; quanto à malícia, sim, sede crianças, mas, quanto ao modo de julgar, sede adultos".

O procedimento mais benéfico que podemos adotar para facilitar nosso amadurecimento espiritual, é exercitar o auto-julgamento e assumir total responsabilidade por tudo aquilo que sentimos, pensamos e fazemos, deixando que os outros aprendam também a se autojulgar e auto-responsabilizar-se através das próprias experiências.

Ninguém deposita em braços frágeis objetos pesados. Analogamente, a Divina Providência não nos apresenta um problema sem que tenhamos a capacidade de resolvê-lo.

O que estamos vivendo hoje é produto de nossas escolhas, decisões e, portanto, é responsabilidade só nossa. Quando aceitarmos plenamente essa afirmação, teremos condições de discernir com maior clareza os limites das verdadeiras necessidades, nossas e dos outros.

Referência: Um Modo de Entender: Uma Nova Forma de Viver, de Francisco do Espírito Santo Neto (espírito Hammed)



23 de agosto de 2012

Máscaras

Os atos e as atitudes que tomamos no presente estão intimamente ligados a desejos, aspirações, sentimentos e emoções antecedentes. Nossas ações não são efetivadas sem razões anteriores. Toda atuação de hoje é influenciada por crenças, preconceitos, valores éticos, convenções sociais, visto que é por detrás da cortina do teatro da vida íntima que estão as verdadeiras razões do nosso jeito de agir e de pensar.

Todos nós passamos por situações constrangedoras e estonteantes, e, por não sabermos lidar com elas e por desconhecer sua origem, quase sempre acionamos mecanismos de defesa do ego.

Esses mecanismos podem ser definidos como um conjunto de emoções e tendências comportamentais que ocorrem automaticamente quando percebemos, de forma consciente ou não, uma ameaça psíquica, e queremos nos proteger dessa amarga realidade.

Os mecanismos de defesa estão ligados de certo modo às funções adaptativas do ego - são "molas" que amenizam os golpes psicológicos que sofremos na alma. Por isso, não devem ser vistas simplesmente como sinônimos de patologia emocional, porquanto seu uso instintivo será considerado adequado ou não, desde que sejam utilizadas durante o "tempo necessário" para equilibrar ou recompor a saúde integral.

A perpetuidade de qualquer medida defensiva do ego diante de um fato ou acontecimento poderá ser definida como doença dou desequilíbrio de uma função psíquica.

Em muitas ocasiões, as "dores da alma" tendem a dar continuidade a um ou a outro mecanismo de defesa, levando-nos à formação de uma grande e insuportável coleção de máscaras e, sem dúvida, a uma diversidade de "eus desconexos".

François de La Rochefoucauld, escritor francês, dizia que "ficaríamos envergonhados de nossas melhores ações, se o mundo soubesse as reais intenções que as motivaram".


É verdade que desconhecemos inúmeros meandros da nossa conduta atual e precariamente suspeitamos de que forma certas ocorrências desconhecidas especificam nosso modo de agir.


Muitas "ações caritativas", se fossem avaliadas profundamente, talvez trouxessem à tona da nossa consciência revelações surpreendentes e inesperadas. Poderíamos observar que a raiz intencional que as motivou foi: compensação do complexo de inferioridade, desatenção seletiva diante de situações aflitivas, entorpecimento de sensações afetivas, introjeção de onipotência, deslocamento de vantagens políticas, negação de interesses sociais, projeção de imunidade e regalias, repressão de sentimentos não admitidos.

Não estamos aqui fazendo menção dos verdadeiros "atos de caridade', nem induzindo ninguém a fazer um julgamento precipitado sobre o comportamento alheio, mas nos convidando a fazer uma reflexão sobre as raízes do nosso comportamento.

Ainda que não admitamos, somos bons atores gregos, representando, de forma pensada ou não, nossos papéis com as máscaras apropriadas.

A Sabedoria do Universo discerne "as disposições e as intenções do coração. E não há criatura oculta à sua presença. Tudo esta nu e descoberto aos olhos daquele a quem devemos prestar contas".

Deus não julga os atos em si, mas as reais intenções que antecedem esses atos. Entretanto, sabemos que a Bondade Absoluta não castiga ninguém, apenas deseja que procuremos aprender, crescer e amadurecer.

Hoje, quem tem um mínimo de nitidez interior entende que os fenômenos psicológicos que se processam na psique humana devem ser entendidos e assimilados e os seus conteúdos (esquecidos e bloqueados) trazidos à luz da consciência.

Por fim, gostaríamos de deixar claro que, do que foi aqui exposto, não tivemos a intenção de nos impor culpas. As culpas, anteriormente denominadas "pecados", não nos devem induzir à autocondenação, e sim à auto-análise, reparação e transformação íntima; jamais à censura, mortificação e castigo.

Referência: Um Modo de Entender: Uma Nova Forma de Viver, de Francisco do Espírito Santo Neto (espírito Hammed)


18 de agosto de 2012

Aprendendo a nos amar

Em verdade, o exercício da aprendizagem do amor inicia-se pelo amor a si mesmo e, conseqüentemente, pelo amor ao próximo, chegando ao final à plenitude do amor a Deus.

Esses elos de amor se prendem uns aos outros pelo sentimento de afeto desenvolvido e conquistado nas múltiplas experiências acumuladas no decorrer do tempo em que nossas almas estagiaram e aprenderam a conviver e melhorar.

Muitos de nós nos comportamos como se o amor não fosse um sentimento a ser aprendido e compreendido. Agimos como se ele estivesse inerte em nosso mundo íntimo, e passamos a viver na espera de alguém ou de alguma coisa que possa despertá-lo do dia para a noite.

Vale considerar que, quanto mais soubermos amar, mais teremos para dar; quanto maior o discernimento no amor, maior será a nossa habilidade para amar; quanto mais compartilhá-lo com os outros, mais ampliaremos nossa visão e compreensão a respeito dele.

Iniciamos a conquista do amor pleno pelos primeiros degraus da escada da evolução. No começo, nossas qualidades e valores íntimos se encontravam em estado embrionário e, ao longo das encarnações sucessivas, estruturaram-se entre as experiências do sentimento e as do raciocínio. Quando congelamos a concepção sobre o amor, passamos a enxergá-lo de forma romântica e simplista.

O amor a Deus e aos outros como a si mesmo é noção que se vai desenvolvendo pelas bênçãos do tempo. As belezas do Universo nos são reveladas à proporção que amamos; só assim nos tornamos capazes de percebê-las cada vez mais e em todos os lugares.

Disse Jesus que toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo".

Apenas damos ou recebemos aquilo que temos. Quem ainda não aprendeu a amar a si próprio não pode amar aos outros. Não peçamos amor antes de dá-lo a nós mesmos, pois o amor que tenho é o que dou e o que recebo.

À medida que aprendemos a nos amar, adquirimos uma lucidez que nos proporciona identificar nos conflitos um alerta de que estamos indo na direção contrária à nossa maneira de sentir e de pensar. Quanto mais aprendemos a nos amar, mais nos desvinculamos de coisas que não nos são saudáveis, a saber: pessoas, obrigações, crenças e tudo que possa nos invadir a individualidade e nos prostrar ou rebaixar. Muitos chamarão essa atitude de egoísmo, no entanto deveremos reconhecê-la como o ato de amar a si mesmo.

Quando nos colocarmos a serviço do amor verdadeiro, a auto-estima nascerá em nossa vida como valiosa aliada nas dificuldades existenciais.

Referência: Um Modo de Entender: Uma Nova Forma de Viver, de Francisco do Espírito Santo Neto (espírito Hammed)



15 de agosto de 2012

Alegria

Alegria como experiência de religiosidade é um valor que não tem preço. Essa sensação da alma mais do que qualquer outra coisa, contagia e abranda o coração dos homens.

A maioria das pessoas tem uma visão distorcida da alegria, pois a confunde com festas frívolas e divertimentos que provocam sensações intensas, risos exagerados; enfim, satisfações puramente emocionais. Aliás, não há nada de errado em ser jovial, bem-humorado, festivo e risonho. Sentir as emoções terrenas inclui-se entre as prerrogativas que o Criador destinou a suas criaturas. Vivenciar a normalidade das sensações humanas é um processo natural estabelecido pela Mente Celestial.

Talvez as religiões fundamentalistas tenham mesclado as idéias contidas na palavra alegria e tentação. Na realidade, o Mestre ensinava a seus seguidores que vivessem com alegria. "Eu vos digo isso para que a minha alegria esteja em vós", diz Jesus, "e vossa alegria seja plena".

A verdadeira alegria está associada à entrega total da criatura nas mãos da Divindade, ou mesmo à aceitação de que a Inteligência Celestial a tudo provê e socorre.

É a confiança integral em que tudo está justo e certo e a convicção ilimitada nos desígnios infalíveis da Providência Divina. A palavra aleluia tem origem no hebreu "hallelu-yah" e significa "louvai com júbilo o Senhor". Tem sido usada como cântico de alegria ou de ação de graças pela liturgia de muitas religiões a fim de glorificar a Deus. A designação "sábado de aleluia", utilizada pela Igreja Católica, tem como fundamento a exaltação à alegria, visto que nesse dia se comemora o reaparecimento de Jesus Cristo depois da crucificação.

Viver em estado de alegria é estar plenamente sintonizado com nossa paternidade divina, através das mensagens silenciosas e sábias que a Vida nos endereça.

A "entrega a Deus" é a base de toda a felicidade. No entanto, o problema reside em algumas religiões que recomendam a "entrega" não a Deus, mas a mandatários ou representantes "divinos", ou mesmo a congregações doutrinárias que impõem obediência e subordinação a seus diretores.

Condutas semelhantes acontecem em seitas ou em grupos dissidentes de uma religião, em que há uma entrega incondicional dos adeptos ao líder religioso e que resulta, inicialmente, numa suposta sensação de alegria e satisfação.

Na realidade, quando existe subordinação na nossa "entrega a Deus", ela não pode ser considerada real, pois, mais cedo ou mais tarde, a criatura vai notar que está encarcerada intimamente e que lhe falta a verdadeira comunhão com o Criador.

Viver em "estado de graça" ou em "comunhão com Deus" é estar perfeitamente harmonizado com nossa natureza espiritual. É a alegria de repetir com Jesus Cristo "Eu estou no Pai e o Pai está em mim".

A felicidade é um trabalho interior que quase nunca depende de forças externas. Deus representa a base da alegria de viver, pois a felicidade provém da habilidade de percebermos as "verdadeiras intenções" da ação divina que habita em nós e do discernimento de que tudo o que existe no Universo tem sua razão de ser.

O homem carrega na sua consciência a lei de Deus, afirmam os Espíritos Superiores a Allan Kardec. "A lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira para a felicidade do homem. Ela lhe indica o que deve fazer e o que não deve fazer, e ele não é infeliz senão quando se afasta dela".

Alegria como experiência da religiosidade é um valor que não tem preço. Essa sensação da alma, mais do que qualquer outra coisa, contagia e abranda o coração dos homens.

"Ninguém fica feliz por decreto"; sente imensa satisfação apenas quem está iluminado pela chama celeste. Rejubila-se realmente aquele que se identificou com a Divindade e descobriu que "a lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira para a felicidade do homem".

A alegria espontânea realça a beleza e a naturalidade dos comportamentos humanos. Cultivar o reino espiritual em nós facilita-nos a aprendizaem de que a alegria real não é determinada por fatos ou forças externas, mas se encontra no silêncio da própria alma, onde a inspiração divina vibra incessantemente.

Referência:  Os Prazeres da Alma, uma reflexão sobre os potenciais humanos; de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed


11 de agosto de 2012

Autotransformação

A autotransformação é o processo de retomada da própria vida a partir do referencial do Self, dispondo-se o indivíduo a atuar nela com o conhecimento de si mesmo e com a descoberta e utilização adequada dos próprios potenciais interiores. É um processo de relação com o mundo e que deve ser feito na convivência social, no contato com o que se lhe opõe, internalizando as experiências.

A autotransformação ocorre quando nos dispomos a por em prova o que somos e verificando se o que acreditamos já ter conquistado pode ser posto em prática. Nessa fase do processo evolutivo descobrimos se os valores alicerçados na caminhada evolutiva de fato funcionam e se são consistentes em nossa personalidade.

Muitas vezes pensamos já possuir determinadas virtudes, porém não as colocamos em prática não só diante das adversidades como também quando nos relacionamentos com pessoas que nos opõem na forma de pensar e agir. Equivale a dizer que, entre os bons é fácil ser bom, porém entre os maus é que se prova a virtude do bem. É no processo de autotransformação que se torna possível esse embate. A percepção de que não conquistamos o que pensávamos possuir servirá de estímulo à real aquisição.

Os campos de prova onde poderemos verificar se já estamos colocando em ação nossas virtudes se situam no ambiente da família originária e da gerada, nos grupos sociais de que fazemos parte, no ambiente profissional, nas relações amorosas e nas relações com os sistemas de controle da sociedade. A família originária é aquela na qual renascemos, e a gerada é a que constituímos. Muitas vezes elas se confundem face à convivência e afinidades entre seus membros.

O processo de transformação interior decorre da necessidade da reforma íntima de pensamentos e emoções. É uma decisão interna de mudar, face à necessidade de se desligar de situações e conflitos que não mais favorecem o crescimento evolutivo. É uma exigência interna em se submeter às exigências do mundo sem se deixar sucumbir por ele. É um processo que nos permite viver no coletivo da sociedade, de acordo com nossos princípios morais, pondo-os em prática para avaliá-los e reavaliá-los. No necessário atrito das relações humanas estaremos atuando e transformando nossos valores. O ego, então conhecedor de si mesmo e após ter descoberto seus mecanismos de defesa e as potencialidades latentes, permitirá que o Self possa verdadeiramente dirigir o processo de desenvolvimento pessoal, alicerçando as aquisições do espírito.

A autotransformação é a aplicação de uma filosofa de vida harmoniosa consigo mesmo, com o próximo e com a Vida. É a aplicação da harmonia interna no mundo externo, com todas as dificuldades inerentes ao convívio social. Nesse estado tornar-se-á possível colocar em ação a paz interior que já se conquistou, testando-a nos momentos difíceis e entre pessoas que nos pareciam problemáticas e com quem não tínhamos boas relações.

Nessa fase do crescimento pessoal, o indivíduo deve também por em prática sua coragem de atuar na vida como pensa e sente, pois suas idéias, já buriladas no autoconhecimento e seus sentimentos já trabalhados no autodescobrimento, não serão inferiores àquelas que estejam sendo percebidas externamente. Isso significa ser mais verdadeiro e autêntico na vida, tendo o cuidado de não expor em demasia sua sombra.

A autotransformação nos permite a condição flexível de assumir o que fazemos e fizemos sem receio de censuras e críticas. Nessa fase não é incômodo admitir os equívocos nem os defeitos, pois que se encontram devidamente percebidos e sendo trabalhados, isto é, em processo de reformulação. A mentira, antes utilizada de forma explícita ou velada, e, muitas vezes, encoberta pelos mecanismos de defesa, deixa de ser instrumento nas relações interpessoais. O que pensa e sente, devidamente depurado pelo conhecimento de si mesmo, pode ser expresso tendo em vista o grau de maturidade do indivíduo, bem como o conteúdo superior de seus propósitos.

No processo de autotransformação nós nos conscientizamos da capacidade de alterar a vida à nossa volta. Percebemos que o mundo chega até nós como reflexo de nossa transformação interior. Parece que são as pessoas que mudam, que se transformam. E de fato elas se modificam interiormente e no trato conosco, porém a grande mudança está ocorrendo em nós. O universo conspira a favor de nossa transformação, pois que o progresso espiritual é um processo arquetípico. 

Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia


9 de agosto de 2012

Autodescobrimento

O processo de autodescobrimento é uma fase posterior ao processo de autoconhecimento, muito embora se possa iniciá-lo enquanto se vive o reconhecimento das características do ego. Autodescobrir-se é conseguir revelar à consciência, gradativamente, os conteúdos que se encontram inconscientes, além de descobrir como funcionam os mecanismos psíquicos entre a vida consciente e a inconsciente.

Autodescobrir-se não é necessariamente ter acesso direto ao conteúdo das informações dos processos experimentados nas vidas passadas. Tais informações, existentes no inconsciente, necessitam assumir à consciência de forma organizada e a serviço de um processo maior que nos torne felizes.

A posse consciente dessas informações deve ocorrer com equilíbrio, pois a ocorrência delas na consciência sem o devido controle pode levar o indivíduo a uma inadaptação à realidade provocando as chamadas psicoses, bem como a uma série de transtornos psíquicos já diagnosticados pelas ciências da alma.

Para que o processo de autodescobrimento se dê de forma a proporcionar a revelação harmônica dos conteúdos, inconscientes e desconhecidos da personalidade, é importante que o ego esteja estruturado, fortalecido na sua ligação com as orientações do Self e alinhado com o processo de desenvolvimento espiritual comandado pelo espírito imortal. O ego estruturado permite a aceitação de seus próprios equívocos, bem como o reconhecimento e a integração da sombra, ou seja, do lado negado ou desconhecido de nossa personalidade. É nessa fase que não se torna difícil reconhecer os erros, assumi-los, além de admitir as próprias limitações e impotências.

Nossa convivência social nos obriga a assumirmos papéis ou máscaras sociais, a fim de conseguirmos lidar com o mundo. Não é possível mostrar aspectos negativos todo o tempo, pois as pessoas não nos suportariam, razão porque não podemos prescindir das máscaras. Além disso essas personas são importantes formas de aprender as regras básicas do relacionamentos humanos. São personas que devem ser utilizadas a serviço do Self e não do ego. O autodescobrimento se caracteriza pelo reconhecimento das máscaras sociais e sua utilização harmoniosa. São exemplos de personas ou máscaras sociais comuns: posição social, título acadêmico, sobrenome da família, ser mão de, ser pai de, ser filho de, ser marido de, ser esposa de, ser empregado de, ser chefe, dentre outros. Toda vez que se desempenha papéis sociais, cuja existência não seja uma qualidade essencial da pessoa, estar-se-á vivendo uma persona.

No processo de autodescobriento obtém-se a capacidade de acreditar em si mesmo independente das contingências externas. Essa crença é fruto do autoconhecimento e da consciência do próprio processo existencial. O indivíduo, que nessa fase, já atravessou algumas contingências aversivas da vida, já obteve experiências para lidar com outras adversidades sem os medos e receios característicos do início. Acreditar em si mesmo não quer dizer extrapolar os limites da própria capacidade, mas considerar que é possível alcançar algum ganho, mesmo que não se consiga os objetivos que se almeja, isto é, a partir de qualquer experiência pode se obter algum tipo de aprendizagem. As aparentes derrotas são encaradas como possibilidades de vitória em outros níveis. Acertos e desacertos são oportunidades de obtenção do conhecimento de si mesmo e das leis de Deus.

Acreditar em si mesmo é viver tranqüilo e consciente de que tudo, absolutamente tudo que nos ocorre, mesmo o que é decorrente de nossos erros e equívocos, resulta em algum bem e que, principalmente, jamais seremos destruídos ou perderemos a condição de filhos de Deus. É fundamental uma forma forte e boa crença a nosso próprio respeito.

No processo de autodescobrimento devemos tomar consciência da existência dos complexos e suas origens, das influências das fantasias que criamos, dos potenciais que possuímos, de nossas virtudes, bem como das perspectivas quanto ao nosso futuro para além da atual existência. Naquele processo, a energia psíquica que desprendemos na vida para sua realização é mais direcionada para o encontro consigo mesmo.

Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia


6 de agosto de 2012

Autoconhecimento

O conhecer a si mesmo é um processo que sempre foi entendido como de busca da percepção da própria natureza do ser humano e do que se é em essência. Aqui abordaremos como o processo de conhecimento do campo da consciência, no que diz respeito ao ego como centro que medeia a relação do ser com o mundo. Portanto, aqui, o autoconhecimento é o da consciência do ego, isto é, do que ele é, de como costuma agir, de que referenciais se utiliza, que preferências tem, que lugar costuma ocupar e de quais aspirações sedimenta. Aplico aqui uma interpretação pessoal do conhece-te a ti mesmo, do Oráculo de Delfos, entendendo-o como o saber sobre os processos vividos pelo ego na atual existência, já que, em cada uma delas, um novo se forma.

O ego é uma estrutura psíquica formada a cada nova realidade existencial que se ocupa de atender às orientações do espírito, buscando a execução do que é necessário à relação daquele com o mundo. Nesse mister, para que haja essa relação, ele estará sempre tentando estabelecer um estado de normalidade, de equilíbrio, mesmo que instável. Mesmo que as circunstâncias não sejam favoráveis, ele manterá a normalidade externa, portanto aparente. É sua característica. Parecerá ao indivíduo que tudo está bem, porém, nem sempre percebe que está bem para o ego, na sua relação com o mundo, sem considerar as circunstâncias inconscientes que interferem no estado geral do espírito. Às vezes, preocupa-se em afastar qualquer crise, porquanto nem sempre se ocupa da solução de conflitos que não atinjam sua existência. O ego permanece atento enquanto estamos despertos. Quando dormimos, cedemos lugar ao ego onírico, que nem sempre age da mesma forma que o ego vígil.

Saber compreender e lidar com pensamentos perturbadores, sendo capaz de regular os próprios estados emocionais é proposta do autoconhecimento. Nem sempre os pensamentos conseguem plasmar psiquicamente nossas idéias, pois elas são oriundas das camadas profundas da psiquê. as idéias podem ser transformadas em pensamentos, que são conscientizados ou em atitudes automáticas, não racionalizadas. É preciso, portanto, fazer silêncio interior para melhor distinguir suas emoções, idéias e consqüentes pensamentos e atitudes.

Fazer silêncio é, por algum tempo, buscar:
  • meditar sem demorar-se num foco único;
  • procurar não falar;
  • não assistir televisão nem ir a cinema;
  • não ler nada, nem mesmo um bom livro;
  • entrar em contato com a natureza;
  • sorrir e ouvir os sons da Vida;
  • não ouvir música, nem mesmo uma boa música;
  • andar;
  • admirar e reverenciar a Vida.
Fazer isso pelo menos por duas horas ao dia durante uma semana no mínimo, como um exercício. Isso poderá nos fazer entrar em contato com a essência espiritual e despertar nossa capacidade criativa interior. Após isso, retornar à sua rotina normal de falar, ler e envolver-se com a própria vida, conservando, se possível, alguns hábitos daquela semana diferente.

Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia

1 de agosto de 2012

Iluminação Interior

Iluminar-se é dotar-se de luz, a fim de clarear a própria vida. Iluminar o mundo interior é o mesmo que adicionar energia à luz interna, chama divina do Criador da Vida, adquirindo a consciência das potencialidades inerentes ao próprio espírito.

Somos mais do que imaginamos e percebemos que somos. Temos mais capacidades do que acreditamos que possuímos. Mesmo as pessoas que ainda se encontram no início de sua caminhada evolutiva, possuem esse sentido interior de crescimento, portanto a potencialidade de realizá-lo.

Essa iluminação interna não é uma simples descoberta de algo que se encontra escondido, mas se dá no encontro com a realidade externa. É um longo processo de amadurecimento do espírito que vai em busca de si mesmo para iluminar-se interiormente e não mais perder seu brilho. Esse processo se dá por etapas que sintetizamos para melhor compreensão.

São etapas dessa longa, lenta e necessária caminhada:
  • autoconhecimento, ou o conhecimento de si mesmo;
  • autodescobrimento, ou a descoberta das potencialidades;
  • autotransformação, ou a mudança de comportamentos;
  • autoiluminação, ou a manifestação do espírito, essência divina pessoal.
Essas etapas não são estanques e isoladas. Elas podem ocorrer simultaneamente e em qualquer época da vida. Geralmente se iniciam na meia idade, quando alguns processos já foram vividos. Muitas vezes se iniciam após uma crise de valores ou crise de Vida. Essas etapas levam várias existências, até que o espírito alcance determinadas conquistas na evolução. Uma vez alcançado o final do processo, o espírito poderá escolher onde, com quem e de que forma voltará a uma nova existência.

Diante das crises que propiciam as mudanças é necessária fazer silêncio. Silêncio para ouvir a voz interior que vem do Self, da intimidade do espírito, senhor do processo de encontro com Deus. O silêncio na vida é como uma meditação para se encontrar a paz de espírito desejada, para depois recomeçar a caminhar. Ouvir a voz interior é perguntar-se o que deve fazer em determinada situação, sem apressar a resposta.

O processo de iluminação interior é a descoberta do deus interno, parcela criadora gerada diretamente por Deus, em nós. Há um Deus, Absoluto, Criador e Causa de todas as coisas. Há um deus interno, Sua imagem e semelhança, descoberto inicialmente pelas manifestações da Natureza, confirmado pela necessidade psicológica de sua existência e sentido pela vivência do amor em plenitude.

Iniciar um processo de auto-iluminação é espiritualizar o próprio olhar sobre o mundo, colocando o amor na consciência, inundando a razão do sentimento de amorosidade. Nossas idéias e raciocínios passam a ser contaminados pelos sentimentos superiores oriundos do espírito, dotado de amor e sabedoria. Nesse momento, alcançaremos prosperidade e tranqüilidade na vida. Ser próspero é estar resolvido nas várias dimensões, e isto ocorre quando atuamos no mundo com amor e sabedoria.

Somos fruto do nosso próprio esforço pela conquista do encontro com o Criador. Impulsionados pelo seu Augusto Amor, desafiando obstáculos sem fim, aprendemos a distinguir as escolhas necessárias para o conhecimento de Suas leis. Submetidos ao Seu impulso criador aprendemos a viver e conviver nas várias espécies vegetais e animais, nos vários reinos da natureza, formando as capacidades de sentir, pensar e amar, para, finalmente, alcançarmos a condição de seres iluminados.


Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia