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Psicósmica

29 de julho de 2012

Conflitos Existenciais: O Porquê do Sofrimento

Enquanto estiveres identificados com as nossas mentes o sofrimento será inevitável. Refiro-me aqui ao sofrimento emocional, que é também a causa principal do sofrimento físico e da doença. O ressentimento, o ódio, a autopiedade, a culpa, a raiva, a mágoa, a depressão, o melindre, o ciúme, a inveja, a arrogância, a prepotência e até mesmo uma leve irritação são formas de sofrimentos. Sem falar dos dois piores: o orgulho e o egoísmo, que são a chaga da humanidade. 

Em qualquer prazer ou forte emoção contém em si a semente do sofrimento. É o inseparável oposto, que se manifestará com o tempo. Quem já tomou bebida alcoólica ou droga para ficar "alto" sabe que o alto se transforma em baixo, que o prazer se transforma em alguma em alguma forma de sofrimento. A maioria das pessoas também sabe, por experiência própria, como uma relação íntima pode se transformar, de modo fácil e rápido, de fonte de prazer em fonte de sofrimento.

Vistas de uma perspectiva mais ampla, tanto a polaridade negativa quanto a positiva são lados de uma mesma moeda, são partes de um sofrimento que está oculto, inseparável do estado de consciência identificado com a mente. Por isso a necessidade de substituir os pensamentos negativos pelos positivos.

Existem dois níveis de sofrimento: o que você cria agora e o que tem origem no passado, que ainda vive em sua mente e no seu corpo. Deixar de criar sofrimento no presente e dissolver o sofrimento do passado - é sobre isso que desejo falar com você agora.

A maior parte do sofrimento humano é desnecessário. Ele se forma sozinho, enquanto a mente superficial governa a vida. O sofrimento que sentimos nesse exato momento é sempre alguma forma de não-aceitação, uma forma de resistência inconsciente ao que é.

No nível do pensamento a resistência é uma forma de julgamento. No nível emocional, ela é uma forma de negatividade. O sofrimento varia de intensidade de acordo com o momento atual, e isso depende da intensidade que nos identificamos com a nossa mente. A mente procura sempre negar e escapar do agora, por isso lhe digo: não fique preso nem ao passado, nem ao futuro. Viva o presente, esteja presente de corpo e alma no agora. Viver preso ao passado e ao futuro, principalmente as lamentações, vai acarretar vários transtornos, como culpa, mágoa, ansiedade, estresse, depressão.

Em outras palavras, quanto mais aceitamos e respeitamos o agora, mais nos libertamos da dor, do sofrimento. Se não quer gerar mais sofrimento para você e para os outros, não dedique tempo mais do que necessário para lidar com os aspectos práticos da sua vida.

Tendo uma profunda consciência de que o momento presente é tudo que você tem. Faça do agora o foco principal da sua vida. Renda-se ao que é. Diga "sim" para a vida e veja como de repente, a vida começa a trabalhar mais a seu favor. Diga sim a você mesmo.


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