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Psicósmica

14 de novembro de 2012

As duas faces da culpa


A culpa nos paralisa no tempo e ficamos soterrados sob os escombros de nossos desacertos. Ela interrompe nossas oportunidades de crescimento no presente em virtude de nossa obstinação neurótica em comportamentos do passado. A culpa se estrutura nas crenças antigas do “pecado” irreparável e nos alicerces do perfeccionismo.

Só quando aceitarmos que a vida perfeita é uma impossibilidade humana, quando aprendermos que há limites em nosso grau evolutivo, quando nos conscientizarmos de que não temos todas as respostas para o que acontece, quando aceitarmos que somos passíveis de falhas ou enganos, quando abandonarmos o complexo de onipotência, é que a culpa terá acesso restrito em nosso mundo íntimo.  

O arrependimento se distingue da culpa. O arrependimento se manisfesta quando tomamos ciência de que sabíamos fazer algo melhor e não fizemos, enquanto que a culpa é prepotência daquele que crê que “deveria ter agido melhor”, que "deveria ter previsto anteriormente os problemas atuais", porém não fez propositadamente, porque seu senso crítico era inexpressivo, não possuía consciência individual e coletiva, nem auto-reflexão; em outras palavras, sua consistência evolutiva era limitada.

A raiz da culpa é o nosso imenso orgulho e as expectativas absurdas “de como nós e os outros deveriam ser, de como deveríamos nos comportar diante dos fatos e acontecimentos”. Há culpas e culpas...

Quem se arrepende abandona a culpa, pois não mais aprova os velhos comportamentos e atos imaturos. Todavia não se auto-castiga pelo fato de não ser perfeito, nem causa a própria ruína física ou emocional, abandonando-se num mar de lamentação e pesar. Ao contrário: assume a responsabilidade de seus erros e evita repeti-los; ao mesmo tempo, abranda seu julgamento e perdoa a si mesmo.

Tudo aquilo que nos parece negativo é apenas um “caminho preparatório” para alcançarmos um bem maior e definitivo. Mesmo os comportamentos que  acreditamos nos levar aos caminhos do mal não deve ser visto como perdição eterna, mas somente equivocadas opções do nosso livre-arbítrio, que não deixam de ser experiências compensatório e de aprimoramento a longo prazo.

Cada culpa, cada pessoa. Cada pessoa, cada culpa. Use os erros e desacertos para seu crescimento interior. Aprenda com suas culpas e eleve-se para a Vida Maior. Em se tratando de culpa, cada qual deve fazer uma auto-análise, é sempre proporcional a cada consciência.


Referência: Um Modo de Entender: Uma Nova Forma de Viver, de Francisco do Espírito Santo Neto (espírito Hammed)


Um comentário:

  1. Geralmente, os nossos conflitos existenciais está por tras o sentimento de culpa e o não perdão... Devemos sempre nos autoavaliar e descobrir as causas de cada conflito. No caso procurar um grupo de apoio ou um especialista

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