Um interessante desafio da psicologia e da neurociência é compreender a experiência humana da espiritualidade/religiosidade. Cientistas da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Universidade Thomas Jefferson, nos EUA, mediram as atividades cerebrais de médiuns enquanto eles faziam a chamada "psicografia". Acreditam os médiuns e espíritas que esse fenômeno consiste na escrita de um texto pela mão dos médiuns durante um estado profundo de transe, supostamente conduzidos por um espírito. Eles compararam a atividade cerebral dos sujeitos enquanto realizavam psicografias com a atividade das mesmas pessoas enquanto escreviam textos normais, fora do estado de transe. O estudo foi publicado em 16 de novembro de 2012 no periódico científico online "PLOS ONE".

Para verificar a atividade cerebral dos dez médiuns, os cientistas injetaram neles um marcador radioativo que permite checar a intensidade dos fluxos sanguíneos em diferentes áreas do cérebro por meio de tomografia.
Os autores afirmam que os médiuns experientes apresentaram níveis mais baixos de atividade durante a psicografia, em comparação à escrita normal, justamente em áreas frontais do cérebro associadas ao planejamento, raciocínio, geração de linguagem e solução de problemas. De acordo com os pesquisadores, isso pode refletir a ausência de consciência durante a psicografia.
.jpg)
A equipe de pesquisa também realizou uma análise sobre os textos produzidos e concluíram que aqueles psicografados resultaram mais complexos que os produzidos em estado normal de vigília e consciência, especialmente entre os médiuns mais experientes. Seria de se esperar que isso exigisse mais atividade em áreas frontais e temporais do cérebro, mas não foi o que os cientistas observaram.

Fonte: G1
Olá Marlene!
ResponderExcluirAchei esse texto bastante curioso.
Xeros
Obrigada pela visita!
ResponderExcluir