Compaixão – manifestação de um coração aberto. "Há mais felicidade em dar que receber.”. Ter compaixão é possuir um entendimento maior das fragilidades humanas. É quando nos tornarmos mais realista, menos exigentes e mais flexíveis com as dificuldades alheias.
Se quisermos a paz do mundo, sejamos pessoas felizes. O bem-aventurado é um agente da paz, pois as criaturas maduras possuem uma compassiva “noção de vida”. Por isso, afirmam os Espíritos Benevolentes: aquele que vê claramente as coisas tem uma ideia mais justa do que o cego. Os Espíritos veem o que não vedes; eles julgam, pois, de outro modo que vós, mas, ainda uma vez, isto depende da sua elevação.
Ao abrirmos o coração para alguém, vivenciamos uma forma de empatia – sentimos o que ele sentiria caso estivéssemos vivenciando a sua situação. Isso é uma questão de ressonância. Só podemos apoiar e cooperar se nossos estados interiores forem sensibilizados; apenas podemos compartilhar a alegria ou a tristeza de alguém se elas também nos tocarem. Se não nos permitimos sentir medo, amor, tristeza ou alegria, não podemos reagir a esses sentimentos diante das pessoas e podemos até duvidar do que elas os estejam experimentando.
Compaixão está associado a empatia. Perde o bom senso quem não estabelecer limites nos bens que vai dar ou receber. Alguns de nós fazemos favores ou concedemos benefícios aos outros sem critério ou fundamentação alguma.

O ser compassivo não invade a vida alheia. Os indivíduos só mudam quando estão prontos para mudar. Algumas religiões podem distorcer nossa concepção de mundo, utilizando a culpa ou o fanatismo como forma de nos controlar ou de nos forçar a doar coisas. A viseira do emocionalismo pode nos levar á frustração e ao desapontamento. Podemos ser coagidos a conceder benefícios ou participar de doações materiais, usando uma forma distorcida de compaixão. Muitos de nós nos doamos porque esperamos receber em troca atenção e respeito de outras pessoas. Isso não é ajuda real nem mesmo está unido ao amor; mais se assemelha a uma forma de barganha, seguida de eterna cobranças.
Para que possamos cooperar efetivamente com alguém, é preciso abrirmos mão de nossa arrogância salvacionista, a de acreditar que a redenção das almas que amamos depende, única e exclusivamente, de nosso desempenho e de nossa dedicação. Cada pessoa e, uma obra prima de Deus. E, quando subestimamos a força divina que há no outro, nossos relacionamentos ficam anêmicos e áridos. A compaixão salvaguarda a liberdade de sentir, pensar e agir.
Compaixão é o desenvolvimento do sentimento de fraternidade que move o ser fraterno a ter uma noção ética com vista á integração e á solidariedade entre as pessoas.
Referência: "Os Prazeres da Alma", Uma Reflexão Sobre os Potenciais Humanos
Referência: "Os Prazeres da Alma", Uma Reflexão Sobre os Potenciais Humanos
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