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Psicósmica

6 de fevereiro de 2013

Compaixão

Compaixão – manifestação de um coração aberto. "Há mais felicidade em dar que receber.”. Ter compaixão é possuir um entendimento maior das fragilidades humanas. É quando nos tornarmos mais realista, menos exigentes e mais flexíveis com as dificuldades alheias.

Se quisermos a paz do mundo, sejamos pessoas felizes. O bem-aventurado é um agente da paz, pois as criaturas maduras possuem uma compassiva “noção de vida”. Por isso, afirmam os Espíritos Benevolentes:  aquele que vê claramente as coisas tem uma ideia mais justa do que o cego. Os Espíritos veem o que não vedes; eles julgam, pois, de outro modo que vós, mas, ainda uma vez, isto depende da sua elevação.

Ao abrirmos o coração para alguém, vivenciamos uma forma de empatia – sentimos o que ele sentiria caso estivéssemos vivenciando a sua situação. Isso é uma questão de ressonância. Só podemos apoiar e cooperar se nossos estados interiores forem sensibilizados; apenas podemos compartilhar a alegria ou a tristeza de alguém se elas também nos tocarem. Se não nos permitimos sentir medo, amor, tristeza ou alegria,  não podemos reagir a esses sentimentos diante das pessoas e podemos até duvidar do que elas  os estejam experimentando.

Compaixão está associado a empatia. Perde o bom senso quem não estabelecer limites nos bens que vai dar ou receber. Alguns de nós fazemos favores ou concedemos benefícios aos outros sem critério ou fundamentação alguma.

No entanto, empatia não é medir ou julgar alguém por nós. Não é nos colocarmos no lugar da criatura e ficarmos ilusoriamente imaginando seu sofrimento. Empatia é o contato direto do nosso coração com o coração de outro ser humano.  A ajuda verdadeiramente sapiencial é aquela que permite que as pessoas á nossa volta aprendam a se desenvolver, solucionando suas dificuldades por si mesma.

O ser compassivo não invade a vida alheia. Os indivíduos só mudam quando estão prontos para mudar. Algumas religiões podem distorcer nossa concepção de mundo, utilizando a culpa ou o fanatismo como  forma de nos controlar ou de nos forçar a doar coisas. A viseira do emocionalismo pode nos levar á frustração e ao desapontamento. Podemos ser coagidos a conceder benefícios ou participar de doações materiais,  usando uma forma distorcida de compaixão. Muitos de nós nos doamos porque esperamos receber em troca atenção e respeito de outras pessoas. Isso não é ajuda real nem mesmo está unido ao amor; mais se assemelha a uma forma de barganha, seguida de eterna cobranças.

Para que possamos cooperar efetivamente com alguém, é preciso abrirmos mão de nossa arrogância salvacionista, a de acreditar que a redenção das almas que amamos depende, única e exclusivamente, de nosso desempenho e de nossa dedicação. Cada pessoa e, uma obra prima de Deus. E, quando subestimamos a força divina que há no outro, nossos relacionamentos ficam anêmicos e áridos. A compaixão salvaguarda a liberdade de sentir, pensar e agir.

Compaixão é o desenvolvimento do sentimento de fraternidade que move o ser fraterno a ter uma noção ética com vista á integração e á solidariedade entre as pessoas.

Referência: "Os Prazeres da Alma", Uma Reflexão Sobre os Potenciais Humanos



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